Empresário e piloto de rali, conheça novo presidente do Palmeiras


Paulo Nobre, 44 anos, será presidente mais jovem do Palmeiras desde a década de 30 Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Paulo Nobre, 44 anos, será presidente mais jovem do Palmeiras desde a década de 30
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
EMANUEL COLOMBARI
Direto de São Paulo

Paulo de Almeida Nobre, 44 anos, é desde a noite desta segunda-feira o presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras. Eleito em pleito na Academia de Futebol, centro de treinamentos do clube em São Paulo, Nobre assume o clube após derrotar Décio Perín por 153 votos a 106. Assim, ele será o comandante até dezembro de 2014, com a proposta de, segundo ele, profissionalizar o clube, que conta com cerca de 20 milhões de torcedores.
Sócio do Palmeiras desde 1983, Nobre é 38º nome a ocupar a presidência palmeirense – o mais jovem desde que Dante Delmanto exerceu o cargo em 1932, aos 25 anos. Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, é investidor também do mercado financeiro. Como hobby, o fanático palmeirense divide seu tempo como corredor de rali – ou melhor, dividia até o fim de 2012.
“Meu contrato com a Mini - eu era piloto oficial da fábrica, corria pela equipe da fábrica – terminou em (novembro de) 2012. Acabou na prova da Espanha (do Campeonato Mundial de Rali, o WRC). Já estava claro desde o inicio da temporada que eu só conversaria de um novo contrato a partir de janeiro, dependendo do resultado das eleições. É impossível conciliar a presidência do Palmeiras com o rali. Eu gostaria de realizar uma prova no Mundial, mas com certeza não vai ser nos próximos dois anos”, assegurou.
Nobre estreou no WRC em 2006, correndo por equipe própria. Em 2012, porém, foi contratado pela WRC Team Mini Portugal, pela qual conseguiu como melhor resultado o 17º lugar na Grécia e na Nova Zelândia. Com a intenção de disputar a eleição do Palmeiras, como fez em janeiro de 2011 (foi derrotado por Arnaldo Tirone), optou por não renovar o contrato.
A partir de 22 de janeiro de 2013, o agora ex-piloto de rali quer resgatar o clube do coração – segundo ele, fazer “o Palmeiras voltar a ser Palmeiras com todas as letras maiúsculas nos próximos dois anos”. Para isso, o presidente palmeirense pretende afastar o clube social do departamento de futebol, de forma a salvar a nau alviverde.
“A preocupação não é só com a área social. A ideia é separar a área social do futebol, porque tem receitas muito diferentes. A promiscuidade entre as áreas é péssima para a instituição. Um clube estruturado disputa títulos com naturalidade. O Palmeiras hoje é um barco à deriva”, comparou Paulo Nobre, reforçando a missão de resgatar o Palmeiras da Série B do Campeonato Brasileiro ainda neste ano.
“Precisamos ter estrutura. O palmeirense nunca mais pode, no começo de uma competição, se perguntar: será que o Palmeiras cai neste ano? Tem que se perguntar: será que o Palmeiras vai ser campeão de novo neste ano?”, completou ele, conselheiro desde 1997, diretor social do Palmeiras entre 1999 e 2002 e vice-presidente entre 2007 e 2008
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