Infarto, AVC, insuficiência cardíaca ou morte súbita ainda matam muito


Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia apontou que 31% das mortes causadas por doenças não transmissíveis estão relacionadas a problemas cardiovasculares.

Segundo o cardiologista Alexandre Cury, o dado é preocupante, pois as doenças cardiovasculares estão no topo da lista ultrapassando as mortes por câncer (16%), doenças respiratórias crônicas (5,8%) e diabetes (5%).

— No Brasil, 300 mil morrem anualmente devido a doenças cardiovasculares como infarto, acidente vascular encefálico, insuficiências cardíaca e renal ou morte súbita. Isso significa 820 mortes por dia — alerta.

Esse dado cada vez mais alarmante tem preocupado as autoridades internacionais de saúde, que designaram metas para o controle na taxa de mortalidade precoce por doenças não transmissíveis.

— As Nações Unidas estipularam uma redução de 25% nesses índices até 2025. No entanto isso só será possível se realizarmos um trabalho conjunto de políticas públicas e conscientização social — avalia Cury.

Ainda de acordo com o médico, o principal esforço está relacionado à prevenção e ao controle dos fatores de risco como sedentarismo, hipertensão, consumo excessivo de sódio e gordura saturada, tabagismo, alcoolismo e colesterol elevado.

— Para reverter esse quadro também é necessária uma mudança nos hábitos das pessoas, principalmente aquelas que fazem parte dos grupos considerados de risco — afirma.

Cury explica que o tipo de rotina de cada indivíduo é determinante no diagnóstico de doenças cardiovasculares.

— Se o paciente não possui um histórico genético, faz atividades físicas regulares, mantém uma dieta saudável e balanceada, evitando o consumo em excesso de sal, açúcar e gorduras, dificilmente vai desenvolver um problema cardiovascular — afirma.

O cardiologista reforça que o exercício físico é um grande aliado à saúde do coração e dos vasos. Dentre as muitas vantagens, ajuda a controlar a pressão dos hipertensos crônicos, melhora os índices de glicemia e diminui os níveis de colesterol e triglicérides do sangue.

— Além, é claro, de outros benefícios, como auxiliar na perda de peso, prevenção da osteoporose, melhora do humor e da autoestima. No entanto vale ressaltar que ao praticar qualquer tipo de atividade, é ideal ter orientação de um especialista capacitado — aconselha.

Empresário e piloto de rali, conheça novo presidente do Palmeiras


Paulo Nobre, 44 anos, será presidente mais jovem do Palmeiras desde a década de 30 Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Paulo Nobre, 44 anos, será presidente mais jovem do Palmeiras desde a década de 30
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
EMANUEL COLOMBARI
Direto de São Paulo

Paulo de Almeida Nobre, 44 anos, é desde a noite desta segunda-feira o presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras. Eleito em pleito na Academia de Futebol, centro de treinamentos do clube em São Paulo, Nobre assume o clube após derrotar Décio Perín por 153 votos a 106. Assim, ele será o comandante até dezembro de 2014, com a proposta de, segundo ele, profissionalizar o clube, que conta com cerca de 20 milhões de torcedores.
Sócio do Palmeiras desde 1983, Nobre é 38º nome a ocupar a presidência palmeirense – o mais jovem desde que Dante Delmanto exerceu o cargo em 1932, aos 25 anos. Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, é investidor também do mercado financeiro. Como hobby, o fanático palmeirense divide seu tempo como corredor de rali – ou melhor, dividia até o fim de 2012.
“Meu contrato com a Mini - eu era piloto oficial da fábrica, corria pela equipe da fábrica – terminou em (novembro de) 2012. Acabou na prova da Espanha (do Campeonato Mundial de Rali, o WRC). Já estava claro desde o inicio da temporada que eu só conversaria de um novo contrato a partir de janeiro, dependendo do resultado das eleições. É impossível conciliar a presidência do Palmeiras com o rali. Eu gostaria de realizar uma prova no Mundial, mas com certeza não vai ser nos próximos dois anos”, assegurou.
Nobre estreou no WRC em 2006, correndo por equipe própria. Em 2012, porém, foi contratado pela WRC Team Mini Portugal, pela qual conseguiu como melhor resultado o 17º lugar na Grécia e na Nova Zelândia. Com a intenção de disputar a eleição do Palmeiras, como fez em janeiro de 2011 (foi derrotado por Arnaldo Tirone), optou por não renovar o contrato.
A partir de 22 de janeiro de 2013, o agora ex-piloto de rali quer resgatar o clube do coração – segundo ele, fazer “o Palmeiras voltar a ser Palmeiras com todas as letras maiúsculas nos próximos dois anos”. Para isso, o presidente palmeirense pretende afastar o clube social do departamento de futebol, de forma a salvar a nau alviverde.
“A preocupação não é só com a área social. A ideia é separar a área social do futebol, porque tem receitas muito diferentes. A promiscuidade entre as áreas é péssima para a instituição. Um clube estruturado disputa títulos com naturalidade. O Palmeiras hoje é um barco à deriva”, comparou Paulo Nobre, reforçando a missão de resgatar o Palmeiras da Série B do Campeonato Brasileiro ainda neste ano.
“Precisamos ter estrutura. O palmeirense nunca mais pode, no começo de uma competição, se perguntar: será que o Palmeiras cai neste ano? Tem que se perguntar: será que o Palmeiras vai ser campeão de novo neste ano?”, completou ele, conselheiro desde 1997, diretor social do Palmeiras entre 1999 e 2002 e vice-presidente entre 2007 e 2008
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Avisado por mulher, Miranda comemora convocação: "já esperava chance"

O zagueiro Miranda, um dos nomes que não vinha sendo chamado por Mano Menezes e que ganha uma oportunidade com o técnico Luiz Felipe Scolari, comemorou muito a convocação à Seleção Brasileira. O jogador soube que seu nome estava na lista ao ser avisado por um telefonema da mulher, já que na hora do anúncio ele buscava os filhos na escola. "Fiquei sabendo agora, não conversei com o Felipão. Minha esposa e meus amigos ligaram avisando, fiquei muito feliz, espero agora mostrar o meu valor e meu futebol".

O defensor disse que se surpreendeu um pouco por estar logo na primeira lista de Scolari, mas admitiu que já aguardava uma oportunidade na Seleção há algum tempo. "Fui pego de surpresa apenas por fazer parte de um início de trabalho deste, em um momento importante para a Copa das Confederações. Mas eu já estava esperando por uma oportunidade há algum tempo, pelo trabalho que estou realizando, vivendo uma fase espetacular. Estava esperando esta oportunidade, estou preparado. Agora é ter um bom desempenho no amistoso".
Sem a presença de Thiago Silva, com uma lesão muscular, a vaga do defensor que deve fazer companhia a David Luiz no amistoso contra a Inglatera fica em aberta. Com isso, Miranda deve brigar com Dante ou Leandro Cástan para começar o duelo como titular contra os ingleses. Sobre o assunto, o zagueiro de Atlético de Madrid se mostra tranquilo.
"Imagino chegar preparado para jogar. Todo jogador tem que estar preparado para jogar. Estou em um momento muito bom na minha carreira, em uma fase espetacular, tenho condições de defender a Seleção. Mas tenho que respeitar o Felipão. Se tiver que esperar e ficar no banco, eu espero. Vou esperar minha oportunidade para demonstrar o meu futebol".

O defensor afirmou que conhece muitos integrantes do primeiro grupo convocado por Felipão. Além de atuar ao lado de Filipe Luís, que foi um dos relacionados para as laterais, Miranda já jogou, por exemplo, com Hernanes e Luís Fabiano no São Paulo. "Tem vários jogadores que já atuei ao lado e outros que conheço muito bem de jogar bastante vezes contra. Não vou ter dificuldade nenhuma com companheirismo. O grupo é muito bom".
O treinador mostrou ainda gratidão ao São Paulo, clube que o fez ganhar destaque internacional. "Fiz um grande trabalho no São Paulo, uma parte deseta convocação se deve ao trabalho no São Paulo, pelos primeiros passos que tive na Seleção. Mas também evoluiu muito meu futebol desde que saí do São Paulo". 

Pediatras fazem campanha contra o uso de andadores para bebês


De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, há pelo menos um caso de traumatismo para cada duas ou três crianças que utilizam o equipamento

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) começou hoje uma campanha contra o uso de andadores para bebês. A entidade diz que há pelo menos um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador e que em um terço destes casos as lesões são graves. Os pediatras explicam que bebês que usam o equipamento levam mais tempo para ficar de pé e para caminhar sem apoio, engatinham menos e têm resultados inferiores em testes de desenvolvimento.
O exercício físico também é prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele dê mais mobilidade e velocidade, a criança precisa gastar menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa sem ajuda.
Um dos principais fatores de risco para traumas em crianças, de acordo com a SBP, é dar a ela mais independência do que sua idade permite. Tendo essa liberdade, a criança pode ter acesso a objetos e locais que podem provocar queimaduras, intoxicações e afogamentos. Ainda esta semana, a SBP vai se reunir com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para que os dois órgãos possam discutir a segurança do andador e as providências possíveis.
Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, desde 2010 o uso de andadores por crianças em creches e escolas públicas é proibido. Isso ocorreu depois da morte de uma criança de 10 meses, que caiu enquanto usava um andador. Rui Wolf, o pediatra que atendeu à criança, entrou com denúncia no Ministério Público, que em seguida recomendou que a prefeitura proibisse o uso do equipamento.
— A venda de andadores deveria ser proibida em todo o Brasil — diz Wolf.
Geraldo Henrique Soares, pediatra professor da Faculdade de Medicina de Botucatu e que já atendeu muitas crianças que sofreram acidente envolvendo andadores, acredita que o equipamento mais propicia acidentes do que ajuda no desenvolvimento infantil.
— Eu acho que o pai estimular a criança e respeitar as fases dela é que vai favorecer o desenvolvimento da criança. Muitas vezes a criança ainda não tem condições de suportar nem o próprio peso e, usando andador, ela não vai ter condições de manter a posição ereta quando vier algum obstáculo — diz Geraldo, acrescentando que muitas vezes a criança muito pequena pode ter lesões nas articulações e na musculatura pelo uso de andador.


Scolari evita tema Kaká, elogia Júlio César e destaca craques do ataque

Luiz Felipe Scolari promoveu em sua primeira convocação da Seleção Brasileira desde seu retorno a volta de Ronaldinho e Júlio César. Segundo o treinador, a presença dos jogadores veteranos são justificadas pelo que vêm produzindo nos últimos tempos em seus clubes, e espera que isso seja transferido ao Brasil. O treinador ainda se recusou a comentar a ausência de Kaká, afirmando que não falaria sobre jogadores fora da lista.


Para controlar clima, mundo precisa gastar mais US$ 700 bilhões por ano


O mundo precisa desembolsar mais US$ 700 bilhões (cerca de R$ 14,4 trilhões) por ano para controlar os efeitos da mudança climática, considerada a ameaça mais urgente para a economia global, segundo documento do Fórum Econômico Mundial divulgado às vésperas do encontro anual em Davos, na Suíça.
De acordo com o Relatório de Investimento Verde de 2013, o investimento extra é necessário para frear o aumento da temperatura média global em 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Essa quantia bilionária se soma aos US$ 5 trilhões anuais (cerca de R$ 10,2 trilhões) que deverão ser gastos até 2020 em ações verdes no planeta, segundo estimativas prévias da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, na sigla em francês).
Obras de infraestrutura de energia limpa, transporte mais sustentável e de baixo carbono, eficiência energética da indústria e dos edifícios, cultivo de árvores florestais, água e agricultura seriam contemplados com o novo aporte. Em outros setores, no entanto, o investimento é desconhecido e é preciso mais análise.
Para chegar perto do valor adicional, o Fórum Econômico Mundial sugere um engajamento das parcerias público-privadas no investimento para o controle do clima.
Se houver um aumento nos gastos públicos anuais contra as mudanças climáticas de US$ 36 bilhões (aproximadamente R$ 73,8 bilhões), subindo do patamar atual de US$ 96 bilhões (quase R$ 197 bilhões) para US$ 132 bilhões (cerca de R$ 270,4 bilhões), poderia mobilizar o investimento de US$ 570 bilhões (mais de R$ 1,167 trilhão) da iniciativa privada.

Empresa nega contaminação da água no entorno do Superporto de Eike


LLX, braço de logística do grupo EBX, de Eike Batista, informou em comunicado nesta quinta-feira (17) que não encontrou indicação de alterações nos níveis de sal da água no entorno do Superporto do Açu.
A Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro havia informado, na véspera, que o grupo seria punido com medidas corretivas, uma vez que pesquisas feitas pelo governo detectaram um aumento de salinidade na água ao redor da construção do porto.
A companhia alegou que a área de influência do porto, em São João da Barra (RJ), é monitorada em mais de 40 pontos para avaliação dos níveis de salinidade, de acordo com as exigências de licenciamento ambiental.
"A LLX possui convênios desde 2010 com universidades do Rio de Janeiro para monitoramento dos canais utilizados para irrigação sem qualquer indicação de alteração da atividade agrícola", disse em nota a companhia.

Impacto ambiental

Na quarta-feira, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, disse que o grupo EBX vai ser punido com medidas corretivas pela Secretaria do Ambiente por conta do aumento da salinização da água na região do Superporto do Açu, no litoral fluminense.
Os detalhes da punição serão apresentados na semana que vem pela secretaria e pelo Inea (Instituto do Ambiente do Rio de Janeiro), disse Minc. Segundo o secretário, um estudo feito pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) apontou que a construção do porto provocou um aumento do teor de sal na água da região, incluindo lençóis freáticos e lagoas.
A salinização foi causada pela dragagem de areia do fundo do mar, disse ele. "Nossos técnicos e do Inea foram lá e confirmaram a denúncia. O material retirado do fundo do mar tem mais sal. Isso pode influir na fauna, pesca e agricultura", declarou o secretário.